Paula Lavigne e Etarismo da Quebrando o Tabu

Paula Lavigne, Caetano Veloso e Etarismo da Quebrando o Tabu

Caetano Veloso, Paula Lavigne e Etarismo da Quebrando o Tabu de Fernando Grostein e Guilherme Melles 

Paula Lavigne (Paula Mafra Lavigne), mulher de Caetano Veloso (Caetano Emanoel Viana Teles Veloso), responde ao etarismo de preconceituosos como Quebrando o Tabu. Se Caetano é chamado de pedófilo, sem sê-lo, pela "direita política brasileira" — MBL (Movimento Brasil Livre), Flavio Morgenstern (Flavio Azambuja Martins), Olavo de Carvalho (Olavo Luiz Pimentel de Carvalho), Mamãe Falei (pseudônimo de Arthur Moledo do Val), Marco Feliciano (Marco Antônio Feliciano), Alexandre Frota — , deve-se ao relativismo de etaristas que banalizam os conceitos de pedofilia, criança e abuso sexual para ofender rivais políticos e/ou tentar justificar o seu próprio preconceito etário. É como os racistas associarem negros ao crime. Por esse caminho vai o "Quebrando o Tabu", que deveria se chamar "Mantendo o Tabu" ou "Promovendo o Tabu", porque o projeto de Fernando Grostein Andrade (irmão do Luciano Grostein Huck) e Guilherme Melles, apesar de se dizer contra "uma sociedade careta" e "pelos direitos humanos", promove preconceitos de forma explícita e também velada. E isso é bem careta e contra direitos humanos.

Foto postada por Paula Lavigne em 6/12/2019 [1]

Na imagem, Caetano Veloso e Paula Lavigne (342 Artes) estão juntos no aniversário dele de 40 anos e o ano de 1982 é destacado. Ano em que a Paula fez 13 anos (nasceu em 31 de março de 1969) e Caetano, 40 (nascido em 7 de agosto de 1942). Meras coincidências ou uma lacrada contra os etaristas? De qualquer forma, ela mostra que o casal não tem vergonha do seu relacionamento interetário e não está preocupado com preconceituosos etários, também chamados de etaristas, idadistas e ageísta. Etarismo, idadismo e ageísmo (do inglês: ageism) são termos sinônimos que significam preconceito etário. No caso também, preconceito inter-étário. É preciso quebrar o tabu do etarismo.

Moças Não São Crianças: A Diversidade Etária é Normal

Abaixo, lamentáveis postagens etaristas da “Quebrando o Tabu”:


Quebrando o Tabu sendo etarista. [2][3]

Uma mulher de 12–14 anos fazer sexo é muito diferente de uma criança de 3 anos manipular facas (com uma comparação desse nível, o projeto do irmão do Luciano Huck deveria mudar de nome para “Mantendo o Tabu”, o que faria bem mais sentido). Não dá para acreditar que administradores do grupo Quebrando o Tabu (páginas no Facebook, Instagram e Twiiter) tiveram a desonestidade de postar, várias vezes, algo tão moralista e idiota. Isso é um desrespeito não só ao Caetano Veloso como a todas as minorias sociais (A criminalização do sexo consensual prejudica os próprios jovens, além de aprisionar minorias sociais. Geralmente, quem é denunciado não é um Caetano Veloso da vida. E também nem toda moça é Paula. As moças da periferia ficam sujeitas a "açougueiros" para abortar com a desculpa de esconder o "crime" do sexo consensual). Fernando Grostein e Guilherme Melles deveriam entender que a expressão natural da sexualidade humana não é comparável a crianças de 3 anos que manipulam facas. Mas, é curioso que essa gente não faz nenhuma crítica à mudança de sexo mesmo antes dos 11 anos. Fazer amor é mais polêmico que trocar de sexo na cultura anglocentrada de origem puritana.

A tal Úrsula Olifer é uma radfem (feminista radical). Herdeira do puritanismo, o femnismo radical vive de demonizar homens héteros e gays, transexuais, prostitutas e a heterossexualidade. Esse é o tipo de gente de quem o projeto de Fernando Grostein e Guilherme Melles compartilha ideias. Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir teria vergonha dessa gente careta. Simone de Beauvoir chegou a assinar, com outros intelectuais, uma petição enviada ao parlamento francês em 1977 pela descriminalização do sexo consensual e em prol da abolição da idade de consentimento sexual. É curioso que a Quebrando o Tabu coloque a feminista radical Úrsula Olifer para infantilizar adultos biológicos jovens (11-14), especialmente as moças, e hostilizar homens, a diversidade etária e a heterossexualidade, mas não posta nada "transfóbico" de gente como ela, né? Nem sequer questiona os riscos e consequências da troca de sexo. Tratam jovens adultos (11+) como incapazes para o amor consensual, mas tratam crianças biológicas (0-9) como plenamente capazes para entenderem sua "identidade de gênero" e decidirem fazer mudança de sexo.

Adolescentes não são crianças. Pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), criança é antes dos 12 e pela OMS (Organização Mundial de Saúde), antes dos 10. Biologicamente, adulto é quem atingiu a maturidade sexual, que ocorre geralmente por volta dos 11–13 anos de idade. E criança é quem não atingiu a puberdade, em geral, menores de 9 anos de idade. A nossa espécie atinge a puberdade para se reproduzir. Ora, se pode até se reproduzir, por que não poderia consentir uma relação sexual? Não faz sentido alguém atingir a puberdade e não poder consentir uma relação sexual. Quem atingiu a puberdade é normal fazer sexo. O erotismo não é à toa.

Caetano Veloso não é legal por ter se relacionamento com Paula Lavigne? Uma pessoa é má por ser mais velha? Marginalizar alguém por ser mais velho é preconceito etário, etarismo, idadismo, ageísmo. Preconceito é estupidez! Para o ódio dos etaristas, por lei uma pessoa de 14 anos pode fazer amor até com o Silvio Santos. E ainda há juristas que corretamente defendem 12 anos (que já é legalmente adolescente) como referência de consentimento, como proposto no anteprojeto do novo código penal (PLS 236/2012). Se Caetano fosse pedófilo, o interesse dele seria por crianças (0–9), pessoa impúbere, não por moças (mulheres que atingiram a puberdade). Uma página que se denomina "Quebrando o Tabu" e que se diz pelos direitos humanos não deveria banalizar a pedofilia e nem promover etarismo e machismo (sim machismo, porque todo esse tabu tem origem na infantilização de mulheres jovens para reprimir sua sexualidade).

Na sua desonestidade, Quebrando o Tabu ignora o ECA e a OMS e infantiliza adultos jovens ao chamar adolescente de criança. Isso é lamentável! O projeto de Guilherme Melles e Fernando Grostein promove o moralismo que prejudica a vida desses jovens adultos, o machismo que infantiliza as moças para negar sua sexualidade e a homofobia que marginaliza homens gays. Adolescentes devem ter os seus direitos sexuais e reprodutivos garantidos. Tais direitos é uma previsão da OMS. Não há garantias de direitos onde há preconceitos e repressão sexual. O que a página Quebrando o Tabu faz é uma violação dos direitos humanos.

O preconceito interétário reforça o machismo sobre as garotas, o racismo contra negros, o classismo contra o pobre e a homofobia. É a moça que apanha por “namorar cedo” e tem a sua saúde precarizada. São o pobre, o negro e o gay os que geralmente são presos por não se submeterem a leis puritanas criadas por brancos moralistas da elite. Sim leis puritanas porque são resultado da histeria puritana do século XIX, quando a anglosfera elevou a idade de consentimento de 10 para 16/18 anos, no seu movimento de pureza sexual e genética, para forçar casamentos entre brancos e prender homens negros que se envolviam com jovens mulheres brancas.  


Postagem etarista e machista do esquerdomacho Luiz Guilherme Prado. [5]

Em uma postagem etarista e machista[5], o esquerdomacho Luiz Guilherme Prado (Nome completo: Luiz Guilherme do Prado Silva), dono da empresa Luiz Guilherme Prado Midias Digitais (CNPJ: 31.610.567/0001-03), diz que “não há justificativa para namorar menor de idade”. Por que não haveria? A justificativa é a própria natureza biológica do ser humano. Adolescentes têm sexualidade e sentimentos. 18 anos não define sexualidade no Brasil. Ironicamente, Fernando Grostein Andrade, um dos donos da Quebrando o Tabu, aos 35 anos assumiu relacionamento amoroso com um jovem de 18 (que é menor de idade nos EUA)[6]. Fernando é filho de Mário de Andrade, que foi diretor da Playboy[7], revista que chegou a postar ensaios de mulheres de 14 anos, como Verônica Rodrigues e Andrea Ormeneze Cardoso. Fernando deveria ter a mente mais aberta e consciência social. Ele não entende que sua página não quebra tabus. Pelo contrário, ela reproduz o mainstream da anglosfera. Uma página assim no século XIX estaria promovendo até pena de morte para gays no Brasil, um país que descriminalizou a sodomia em 1830, bem antes da homofobia deixar de ser o mainstream na anglosfera. O complexo de vira-lata precisa ser superado.

A referência da sexualidade humana é a puberdade. As pessoas atingem a puberdade para se relacionarem sexualmente. Essa é a função do erotismo. O que não há é justificativa para o preconceito etário. Não há justificativa para hostilizar casais por causa de diferenças de idade (preconceito inter-etário) nem para marginalizar pessoas por serem "velhas". O etarismo é a verdadeira vergonha! O machismo dos esquerdomachos não sabe o que é respeito ao ser humano.

Infelizmente, até o Midia Ninja está desrespeitando o casal Caetano Veloso e Paula Lavigne ao compartilhar postagem etarista[8] da Carolina de Oliveira Lourenço, que já havia anteriormente chamado as esposas de Temer e Bolsonaro de “cuidadoras de idosos”. Que esquerda é essa que promove preconceitos? Tá muito errado isso. Essa esquerda precisa evoluir urgentemente.

O Etarismo da Quebrando o Tabu Marginaliza a Cultura Negra

A jovem mulher de 12 anos saber o que quer, é bem diferente dela ser drogada e obrigada a fazer sexo mediante violência. Para a página "Quebrando o Tabu" são a mesma coisa. Igualar coisas bem distintas, além de misoginia e machismo, é uma tática racista de marginalizar a cultura negra e periférica[4]. Para reforçar o racismo, a "Quebrando o Tabu" ainda usa o termo "novinha", que surgiu na cultura negra do funk e se refere a jovens mulheres (12+), não crianças (0-9). Nenhum funkeiro se refere a meninas de 0-9 anos. Associar o termo "novinha" a abuso sexual e pedofilia também é uma tática racista. E para reforçar ainda mais o racismo, a página chama a garota de criança (ignorando as definições do ECA, da OMS e da Biologia. Uma moça de 12 anos não é criança nem na lei). A velha tática puritana, misógina e racista, exportada dos EUA, de infantilizar jovens mulheres para reprimir sua sexualidade e marginalizar homens negros. A dobradinha moralista e racista que teve origem nos movimentos de pureza social (eufemismo para sexual) e genética.

A Quebrando o Tabu promove a estigmatização e a marginalização da cultura negra do funk, ao associar novinhas (que se refere a adolescentes, não crianças) à pedofilia e à cultura do estupro. Em uma de suas postagens moralistas, a misoginia e o racismo são evidentes na marginalização que é feita do funk, dos negros e da periferia: A mulher de 12 anos, que sai para o baile para dançar e namorar (“novinha que sabe o que quer”), é equiparada ao caso em que uma jovem de mesma idade teria sido drogada e obrigada a fazer sexo mediante violência [4]. Se a jovem mulher vai ao baile funk, ela pode querer fazer sexo e provavelmente sua vontade é respeitada. O baile funk é lugar para curtir e se divertir. Mas, a página de Fernando Grostein e Guilherme Melles - na sua misoginia, no seu machismo, no seu racismo e no seu etarismo internalizados - fomenta a marginalização da periferia. Essa postura preconceituosa e moralista reforça comentários como estes:

Que Fernando Grostein, Guilherme Melles, Flavio Morgenstern, MBL, Olavo de Carvalho, Marco Feliciano, Alexandre Frota, Arthur do Val, Stephanie Ribeiro etc. superem o seu preconceito etário. E também a hipocrisia, como a do pastor Feliciano, que ataca Caetano, mas diz seguir Jesus Cristo, filho de uma grávida de 12–13 anos.

Que o Amor Vença o Etarismo e o Racismo da Quebrando o Tabu

Paula Mafra Lavigne é filha de Arthur Lavigne Junior (irmão de Carlos Coelho Lavigne de Lemos - desembargador aposentado da área cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro - e advogado de Glória Perez no caso Daniella Ferrante Perez Gazolla, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz) e da Psicanalista Irene Mafra. Caetano Emanoel Viana Teles Veloso é irmão de Maria Bethânia Viana Teles Veloso (conhecida como "Abelha Rainha" e "Rainha da MPB") e ex-marido de Andréa Gadelha (Irmã de Sandra Gadelha, ex-esposa de Gilberto Gil - Gilberto Passos Gil Moreira - e mãe de Preta Gil - Preta Maria Gadelha Gil Moreira de Godoy).

Para finalizar este triste artigo sobre etarismo e racismo (da Quebrando o Tabu) com a belíssima música que Roberto Carlos fez em homenagem a Caetano Veloso: "Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos".

"Apesar de participarem de movimentos culturais diferentes na década de 60, Roberto Carlos e Caetano Veloso tornaram-se amigos. Enquanto um liderava o movimento da Tropicália, com músicas provocativas, o outro reinava na Jovem Guarda, com seu romantismo inconfundível. A época era de ditadura militar e, em dezembro de 1968, Caetano Veloso foi preso junto com Gilberto Gil, devido à ousadia de seus shows e letras que protestavam contra a situação política do momento. Foram confinados em Salvador e depois exilados em Londres entre 1969 e 1972. Esse foi um período muito triste para Caetano, que sentia uma saudade imensa de sua família, dos seus amigos e do calor da Bahia. Um dia recebeu a visita de Roberto Carlos e sua esposa Nice, em sua nova moradia na Europa. Segundo o próprio artista, em seu livro Verdade Tropical: “Roberto veio com Nice, sua primeira mulher, e nós sentimos nele a presença simbólica do Brasil”. Durante a visita, foi às lágrimas quando Roberto pegou o violão e cantou “As Curvas da Estrada de Santos”. Foi um momento avassalador para Caetano, que até usou a barra do vestido de Nice para enxugar suas lágrimas e se recompor. A cena triste mexeu com Roberto Carlos, que voltou ao Brasil pensando em uma música para homenagear o amigo. Dessa forma nasceu “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”, lançada no final de 1971, em parceria com Erasmo Carlos, com título inspirado na vasta cabeleira que Caetano ostentava. A melancolia de Caetano no exílio fica evidente nos versos: “Uma história pra contar de um mundo tão distante” ou “Você olha tudo e nada lhe faz ficar contente / você só deseja agora voltar para sua gente”. A maioria das pessoas nem desconfiava que essa música foi composta para um exilado. A letra parecia retratar um romance ou falar sobre uma mulher. Passou batida à censura e conquistou os corações de muitas fãs. O tema político não era muito presente nas canções apresentadas pela turma da Jovem Guarda, por isso não levantou suspeitas. Roberto era considerado erroneamente um alienado pela ala da esquerda. Para retribuir a homenagem, Caetano compôs a letra de “Como Dois e Dois” que dizia: “Tudo em volta está deserto / Tudo certo / Tudo certo como dois e dois são cinco”. Roberto também a gravou no mesmo álbum, em 1971. Era um dos maiores intérpretes do Brasil trazendo uma mensagem política diretamente do exílio de Caetano, sem levantar suspeitas." (Chico Tetéu) 
"Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos" com Caetano Veloso e Roberto Carlos

[1] “Caetano Veloso com Paula Lavigne em 1982”, postado pela Paula (342 Artes) -https://www.instagram.com/p/B5wB3MQlfdH/ ou -https://archive.is/k0nFv

[2] “Quebrando o Tabu sendo etarista” -https://twitter.com/QuebrandoOTabu/status/1190614537759797248 ou -https://archive.is/LmwWP

[3] “Quebrando o Tabu promovendo o preconceito etário” -https://twitter.com/QuebrandoOTabu/status/1188070638860341256 ou -https://archive.is/esuhR

[4] “Análise da postagem racista e misógina do Quebrando o Tabu” -https://archive.li/8o87T e https://twitter.com/QuebrandoOTabu/status/1110993263513747463 ou http://archive.fo/LZQKc

[5] “Lembrando que não há justificativa pra namorar menor de idade”, Luiz Guilherme Prado‏, -https://twitter.com/luizguiprado/status/1229496771195396096 ou -https://archive.is/fRBsU

[6] “Juntos há quatro anos, o diretor de cinema Fernando Grostein e o ator Fernando Siqueira, de 22, vão se casar.”, Jornal Extra, -https://www.instagram.com/p/B9hSPHhAVyy/ ou -https://archive.is/zVPMY

[7] “Fernando Grostein vendo As Ninfetas de Playboy, capa Luciana Vendramini”, @grosteinandrade -https://www.instagram.com/p/-b_6xhGRMf/ ou -https://archive.is/3MMMH

[8] “MC Carol compara sexo consensual a estupro”, Midia Ninja, -https://www.instagram.com/p/B8wPRZXBW7S/ ou -https://archive.is/0LBu1

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